sábado, 30 de julho de 2011

Jamie Cullum no Cool Jazz Fest: Espalhar felicidade ao piano

A noite previa-se feliz quando ao entrar no palco, grande parte da plateia sentada se levantou para aplaudir um Jamie Cullum engravatado e sorridente. O amor do público nacional pelo cantor é conhecido. As previsões confirmaram-se e Cullum ofereceu duas horas de felicidade a quem assistia.
“Tudo bem, Cascais?”, perguntava Jamie num português quase perfeito, enquanto arrancava com “Photograph” e “Kick Out Of You”. Ao terceiro tema, “Get Your Way”, já Cullum tinha despido a camisa e a gravata e de t-shirt, saltado de cima do piano (depois de se benzer, como já é habitual).
Logo no início do concerto Cullum recordou o concerto em Portugal onde as pessoas pareciam estar sob o efeito de “esteróides” (elogio) e avisou: “Sabem o que têm a fazer”. O público percebeu a mensagem e reagiu à altura, logo na versão de “Come Togheter”, dos The Beatles, já cantada em uníssono.
Cullum vai dizendo que já ultrapassou os “20 something” de que falava no seu álbum, mas não parece. Com um sorriso de miúdo e energia inesgotável, o músico mostra o porquê da fama das suas actuações, salta para o piano, corre para ele, salta no banco, toca bateria e corre o palco sem parar. 
A sequência “If I ruled the world”, “Don’t stop the music” (versão de Rihanna), “I’m all out there” e “Mindtrick” foi uma das mais emotivas do concerto, começando com um casal a dançar sozinho em frente ao palco para depois ser felicitado pelo próprio Jamie, para acabar com uma invasão da frente de palco, onde grande parte do público ignorou as cadeiras para chegar mais perto dos músicos.
“Love is a losing game”, de Amy Winehouse, foi cantado em formato sussurro de homenagem, sem introduções e ouvido pelo público que se manteve em silêncio absoluto naquele que foi um dos mais bonitos momentos da noite. “High and dry”, original dos Radiohead e Mixtape fecharam o concerto em apoteose, antes do encore, onde “Wind Cries Mary” fez com que o rock invadisse o palco. “Grand Torino” fechou,o concerto, cantado por toda a gente.
Jamie Cullum não é um músico de Jazz puro, nem de rock, nem de pop, mas quando um concerto acaba com o músico de sorriso sincero, lágrima no canto do olho e um público de pé, em efusivos aplausos cúmplices, percebemos que nada disso interessa quando há música sincera para mostrar.
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3 comentários:

fashion hunter disse...

Adoravaaa ter ido, não posso perder a proxima vez que ele vier a Portugal!

XoXo Fashion Hunter
http://miwardrobeistuwardrobe.blogspot.com/

Anónimo disse...

amei! amei! amei!

andy disse...

adorava tanto ter ido!

xoxo,
andy